domingo, 12 de julho de 2009

MATRÍCULAS

Terça-feira é dia de matrículas!
A reunião com a D.T. é às 10.30, na sala de formação do CNO (Pav. C), dia 14 de Julho.
Irei entregar-vos um documento que terá que ser preenchido e assinado pelo Encarregado de Educação.
No dia 16 de Julho (quinta-feira), entre as 9.30h e as 11.30h, deverão comparecer na secretaria com o documento devidamente preenchido e assinado, uma fotografia e fotocópia do boletim de vacinas (actualizado).

É amanhã!

É amanhã, segunda-feira, que saem as notas dos exames nacionais e os de equivalência à frequência.
À tarde serão afixadas as pautas.

terça-feira, 7 de julho de 2009

E com uma vaidade do tamanho de “Neptuno na Horta” publico aqui o discurso que o João Matos nos leu, no final do jantar organizado pelos Encarregados de Educação, para os professores, pais e alunos do 9ºA.
Um muito obrigada a todos os que acreditam que "a Escola Secundária Eça de Queirós brilha sob o céu azul todos os dias do ano”.

Discurso para a D.T.

Cara professora,

Pensava que se tinham esquecido de si? Mas não me esqueci, fique descansada!
Fez há pouco tempo 3 anos, desde que nos reunimos todos na sala 12 do pavilhão b com a minha nova turma, e com a minha nova D.T. Estávamos todos sentados, uns acompanhados, a maior parte sozinhos, um pouco receosos, sem saber do futuro que se avizinhava! Ah, se eu pudesse voltar atrás no tempo! Mas não podemos, não é verdade? Contentemo-nos com o actual, com as memórias que o tempo não nos fez esquecer, e com a esperança de um futuro sorridente…
Continuando, a calma instalou-se apenas quando começou a falar… Olhou para nós, tomou uma golfada de ar, e falou-nos. A professora, em pé, com voz doce e alegre, e nós, alunos, somente com caneta e papel na mão, mas com uma enorme alegria e esperança no coração.
Mas nem tudo é cor-de-rosa… tivemos os nossos percalços, cometemos erros, pagámos por eles, apanhámos sustos, enfim, vivemos!
Muitas pessoas consideram o normal como o ideal. Não concordo, pois a maior parte dos professores da Escola Secundária Eça de Queirós não é normal. A questão, neste caso, é o significado da palavra normal. Segundo o dicionário, normal é: “habitual; regular: conforme a norma.” Por outras palavras, o professor ideal seria uma máquina com dois orifícios: um para ouvir e interpretar o que o aluno disse ou escreveu, e outro para indicar onde o aluno errou. Dentro dela haveria um conjunto de circuitos electrónicos, que acabariam num chip, para o “professor” poder ter um mínimo de inteligência. Mas não haveria um orifício para dar uma consolação ao aluno, nem um que dissesse que viu que ele se tinha esforçado, mas que não conseguiu chegar lá.
Felizmente, os professores da nossa Escola não dispõem desses orifícios. Dispõem antes de um orifício apenas, que é multi-funções, pois tanto serve para ralhar como para elogiar o aluno. Esse orifício chama-se “boca”. Dispõem também de uma massa cinzenta e esponjosa, chamada “cérebro”, situada na caixa craniana, que por sua vez fica situada na área da cabeça. Tem como funções controlar o movimento, fome, sede, entre outras, mas dispõe de uma função fabulosa: a capacidade de amar.
E é isso que torna os professores da Eça de Queirós diferentes, e fora do normal. O normal seria um professor dar matéria durante um ano, avaliar o aluno, e no final irem ambos para férias, descansadinhos, para nunca mais se cruzarem. Mas não. Os nossos professores, não se limitam a dar notas, eles dão-nos as suas vidas. Ao perderem aquelas horas da sua vida, a tentarem argumentar a nosso favor, a avaliar os nossos testes de forma a maximizar a nossa nota, a tornarem-nos adultos, oferecem-nos bocados de si mesmos.
É por isto, amigos, que tenho dito: “Sinto-me privilegiado por frequentar a Escola Secundária Eça de Queirós, que brilha sob o céu azul todos os dias do ano”. Graças a vocês, professores.
Aproveito para deixar aqui também os meus agradecimentos ao Professor Acúrcio, pela sua singularidade como professor, pois enquanto todos os outros professores pediam respostas, ele pedia perguntas. Agradeço também aos meus mentores, professora Idalina Caetano, e Professor Fernando Pinto, que me mostraram que é possível ir à lua em pé-coxinho. E em especial, à professora Isabela Afra, que se destaca dos outros pelos 3 anos como nossa D.T., pelos 3 anos a preencher relatórios, pelos 3 anos a “aturar” os nossos disparates, e pelos 3 anos de enxaquecas, e no final de 3 anos, ainda nos considerar os “seus meninos”. Sem ter nenhum grau de parentesco com quase 20 jovens, ela ainda trata-nos com afecto e com carinho. Essa é uma grande prova de amor. E agradeço-lhe por isso.

Um obrigado, agora sem distinções, a todos os meus professores, a todos os meus colegas e a todos os presentes nesta reunião.
E parabéns, por 3 maravilhosos anos de ensino, e por 3 maravilhosos anos a partilharem a vossa vida, em especial à professora Isabela Afra, cuja bondade é do tamanho de “Neptuno na Horta”.
João Matos

“Neptuno na Horta”

No dia 15 de Fevereiro de 1986, sábado, entre as 12H e as 16H, inesperadamente aconteceu a maior tempestade do séc.XX e a maior até à data nos Açores, em que o vento atingiu velocidades de 250 km/h. As ondas atingiram entre 15 e 20 metros e a rebentação das ondas chegou a atingir os 60 metros. Esta fotografia ficou registada por José Henrique Azevedo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

JANTAR DE TURMA

É hoje o jantar do 9ºA.
Alunos, pais e professores, pela última vez vamos estar TODOS reunidos.

“Meus queridos meninos” que é como eu gosto de vos chamar.

Hoje é um dia importante – marca mais um momento especial nas vossas vidas – o terminar de mais um ciclo e a passagem para um outro tempo que virá.
A partir de agora começam a definir-se as vossas opções pelo que serão as vossas profissões no futuro. Ainda têm algum caminho a percorrer, outros estudos e conhecimentos a adquirir, que farão de vocês os bons profissionais de amanhã. Não tenham medo de continuar em frente, não tenham medo se ainda estão hesitantes naquilo que gostariam de fazer no futuro. São muito naturais as hesitações e muitas vezes pode ter que se voltar atrás ou mudarem-se as escolhas que se fizeram. Tudo isto faz parte da vida.
Gostaria de falar aqui hoje do (tempo) que foram estes 3 anos na Eça de Queirós.
Com certeza que aprenderam muitas coisas, estudaram conteúdos e realizaram actividades, que ficaram registadas nos vossos cadernos e nas notas dos testes e de final de Período.
Mas queria que nunca se esquecessem do que aprenderam para além dos estudos – daquilo que foi a vossa vivência da escola, do grupo, da turma, nos grupos de amigos que se formaram. Os valores e os princípios por que se regeram e que pautaram de forma crescente e cada dia mais madura, o relacionamento entre todos.
Pude observar durante estes anos, que vocês estavam atentos, atentos uns aos outros, atentos quando um colega estava a precisar da vossa ajuda, da vossa mão….
E é isso o mais importante – o estarmos atentos aos outros, aos que nos rodeiam, ao mundo.
Todos vós passaram alguns momentos menos bons durante estes 3 anos, mas tenho a certeza que todos sentiram conforto e mão amiga na altura certa. Também souberam partilhar alegrias e festa, contagiando todos com o vosso bom humor e boa disposição. Houve um verdadeiro espírito de turma, um verdadeiro sentido de grupo e uma consciência responsável na partilha e na troca.
Lembro-me da forma como se despediram de alguns, que tiveram que mudar de escola e se foram embora da turma – lembro-me do Silveira, da Irene, da Diana Morgadinho, da Margarida… a maneira como vocês souberam integrar os que chegaram de novo – A Lúcia, o ano passado, a Filipa este ano…
É isto também que não queremos que se esqueçam – o modo como se souberam entre ajudar, a forma como apoiam um colega quando precisa…

A amizade é tudo isto e agora ainda estão mais preparados para as futuras amizades.

Tenho a certeza que hoje não é um adeus – todos vós vão aumentar a vossa rede de amigos, vão alargar os vossos relacionamentos e vão experimentar outros espaços. E isso também é importante.
Isto não é uma separação – simplesmente vão deixar de se encontrar todos no mesmo espaço e à mesma hora. Mais nada.
É bom conhecer outros caminhos, outras pessoas, fazer mais amigos e encontrar outras rotinas. Felizmente ninguém parte para longe, e o longe, agora é perto também.
Haverá sempre tempo para se encontrarem e hoje em dia os meios são imensos.

Aos professores também gostaria de dizer que foi muito bom trabalhar com todos. As aulas foram sempre muito mais do que ensinar e aprender e a sua contribuição para o espírito de turma foi imensa. O interesse que dedicaram aos alunos, a preocupação e o entusiasmo com que viveram também os seus sucessos, demonstram a amizade que todos sentem por eles e a vontade de os ver crescer na responsabilidade e na autonomia.

Agora estão prontos para continuar em frente, para cada um seguir o seu caminho de acordo com os seus interesses.
A Eça ficará no mesmo lugar e podem sempre contar connosco. Venham, apareçam de vez em quando, venham contar-nos das vossas novas escolas, dos vossos novos amigos, das vossas novas vidas.
Estaremos aqui para vos ouvir sempre que precisarem.
Um grande xi-coração a todos.